1. Novas cartografias para a Ciência Política latino-americana
A América Latina tem protagonizado uma série de novas experiências no âmbito da democracia representativa e da participativa. Neste contexto, a desconfiança e o pessimismo dos teóricos da transição nos anos 1980/90 em relação à consolidação da democracia no continente têm sido substituídos por novas práticas, espaços, instituições, sujeitos e identidades políticas. A democracia contemporânea latino-americana vem paulatinamente rompendo com as visões elitistas de autores situados no Norte Global sobre o nosso destino, mostrando que - não sem problemas - estamos sendo capazes de reinventar e reescrever nossa própria história democrática. Mediante estas transformações, a Ciência Política latino-americana encontra desafios e obstáculos para a construção de novos entendimentos teóricos normativos e explicativos.
Neste Dossiê de lançamento da Revista Sul-Americana de Ciência Política, serão discutidos os desafios disciplinares que enfrentamos nos dias atuais, informados pelos novos cenários empíricos. A reflexão é dedicada aos estudos teóricos e/ou empíricos, no âmbito da Ciência Política, que remetem às novas experiências democráticas, à reinvenção da representação, à afirmação de identidades subalternas, às refundações institucionais e constitucionais, aos fenômenos do populismo, às metamorfoses da esquerda partidária, aos casos da região andina e aos projetos descoloniais de inserção no cenário mundial. Além disso, a RSulACP também receberá textos para a sua seção de artigos livres, assim como resenhas de obras de Ciência Política recentemente lançadas.
Prazo para envio dos artigos:
31 de agosto de 2012.
Lançamento da edição em:
outubro de 2012.
2. Ocupar o Sul/Norte desde o Sul?
Os acontecimentos que marcaram a Primavera Árabe, a partir de janeiro de 2011, inspiraram uma série de manifestações populares em países do Norte Global. Movimentos de protesto e de “indignação” na Espanha, na Grécia, na Itália, na Grã-Bretanha, entre outros países, floresceram em face da grave crise que assola suas economias. O espectro dos protestos ainda atravessou o Atlântico e acampou no coração financeiro dos Estados Unidos, Wall Street, em setembro do mesmo ano. Mesmo as ações do Sul (árabe) e do Norte (europeu e estadunidense) terem sido iniciadas por razões diversas, o fato é que os movimentos sulistas inspiraram manifestantes em países de capitalismo avançado. Neste sentido, podemos afirmar que a ocupação do Sul/Norte tem ocorrido desde o Sul.
O segundo Dossiê da Revista Sul-Americana de Ciência Política é especialmente dedicado às análises teóricas e empíricas de movimentos de contestação que ocorreram desde a Primavera Árabe de 2011. Serão recebidos textos das mais diversas orientações teórico-metodológicas, no âmbito da Ciência Política, que enfoquem experiências locais, regionais, nacionais e/ou internacionais de protestos, de ações e de desobediência civil em diferentes locais do planeta. Além disso, a RSulACP também receberá textos para a sua seção de artigos livres, assim como resenhas de obras de Ciência Política recentemente lançadas.
Prazo para envio dos artigos:
31 de outubro de 2012.
Lançamento da edição em:
dezembro de 2012.
Diretrizes para autores
1.
Revista Sul-Americana de Ciência Política é o periódico científico do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Aceita artigos e resenhas ambientados na área da Ciência Política. Os trabalhos submetidos deverão ser inéditos. Envio dos manuscritos:
rsulacp@gmail.com
2. A publicação de trabalhos está condicionada à aprovação por pareceristas e, caso necessário, ao fiel cumprimento do conteúdo dos pareceres emitidos. Além disso, a publicação estará também condicionada eventualmente ao dossiê em que o trabalho melhor estiver adequado.
3. Para a aprovação do trabalho, serão levados em consideração os critérios de originalidade no trato do tema, consistência no uso de conceitos, assim como a contribuição para o progresso do conhecimento científico. Tantos os pareceristas como os autores dos trabalhos terão seus nomes mantidos em sigilo. Em até 90 dias após o recebimento da contribuição, o autor será informado sobre o aceite ou a sobre negativa de sua proposta. No caso do aceite, o autor será informado acerca da previsão da publicação, assim como sobre as eventuais alterações a serem procedidas.
4. Os trabalhos serão publicados em português, espanhol ou inglês. Artigos deverão ter, no mínimo, 15 páginas, não podendo exceder o limite de 25, digitadas em espaço simples, fonte times new roman, tamanho 12. Os artigos deverão ainda estar acompanhados de resumos entre 5 e 10 linhas, em português ou espanhol e inglês, os quais deverão conter os propósitos, metodologia e conclusões do trabalho. Deverão acompanhar os resumos, uma lista entre 3 e 5 palavras-chave. Eventuais tabelas e gráficos deverão ser apresentados em arquivo anexo. As resenhas deverão ter entre 3 e 6 páginas.
5. Todas as contribuições deverão apresentar as seguintes informações em página de rosto: formação acadêmica (graduação, especialização, mestrado, doutorado, pós-doutorado), instituições que concederam os títulos acadêmicos, instituição em que o autor está atualmente vinculado, últimas três publicações, endereço para correspondências, endereço eletrônico e telefones para contato.
6. As notas de rodapé, reduzidas ao mínimo e quando estritamente necessárias, terão o caráter explicativo e deverão ser numeradas sequencialmente e sem formatação específica. As menções aos autores serão inseridas ao longo do texto, devendo ser utilizado o sistema autor-data na forma que segue. 1) Para citações indiretas: (Sobrenome do autor, ano da publicação), exemplo: (Althusser, 1985). 2) Para citações diretas: (Sobrenome do autor, ano da publicação, página), exemplo (Foucault, 1987, p. 32). 3) Diferentes títulos do mesmo autor publicados no mesmo ano serão identificados por uma letra após a data, conforme segue: (Laclau, 2000a), (Laclau, 2000b).
7. As referências bibliográficas deverão ser apresentadas ao final do trabalho, listadas em ordem alfabética, obedecendo às seguintes normas:
Livro:
SOBRENOME, Nome. Título em itálico: subtítulo. Número da edição, caso não seja a primeira. Local da publicação: nome da editora, ano.
Exemplo:
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 16ª ed. Petrópolis: Vozes, 1997.
Coletânea:
SOBRENOME, Nome. Título do capítulo. In: SOBRENOME, Nome (abreviado) do(s) organizador(es). Título da coletânea em itálico: subtítulo. Número da edição, caso não seja a primeira. Local da publicação: nome da editora, ano.
Exemplo:
HALL, Stuart. Quem precisa da identidade. In: SILVA, T. T.Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2000.
Artigos em periódicos:
SOBRENOME, Nome. Título do artigo. Nome do periódico em itálico, volume e número do periódico, ano da publicação, intervalo de páginas.
Exemplo:
LACLAU, Ernesto. Os novos movimentos sociais e a pluralidade do social. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 1, n. 2, 1986, p. 41-47.
Dissertações e teses:
SOBRENOME, Nome. Título em itálico. Local. Grau acadêmico e área de estudos [Dissertação (mestrado) ou Tese (doutorado)]. Instituição em que foi apresentada, ano.
Exemplo:
SOARES, Gláucio. A. D. Desenvolvimento econômico e radicalismo político. Tese de Doutorado. Washington University St Louis Mo, 1965.
Internet (documentos eletrônicos):
SOBRENOME, Nome. Título [Online]. Produtor em itálico, volume, número, ano. Disponível em: indicar o sítio eletrônico. Acesso em: dd/mm/aaaa.
Exemplo:
CARVALHO, José Murilo de. O motivo edênico no social brasileiro [Online]. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 13, nº 38, 1998. Disponível em: Acesso em: 19/04/2007.